terça-feira, 18 de outubro de 2011

JESUS - O MAIOR PEDAGOGO QUE JÁ EXISTIU

Amigo(a) Professor(a)

Tenho lido muita coisa sobre a Educação por uma nova ótica. Tenho ficado extremamente incomodada e inquieta. Nesses textos, tenho tido a oportunidade de refletir cada vez mais sobre a nossa relação com os alunos e com os nossos semelhantes de uma forma geral.
O que mais me chama a atenção é a necessidade urgente de transformação em nós mesmos a fim de atingirmos o nosso ideal de transformar o mundo... Parece que sempre seguimos o processo contrário...
Nisso, A Pedagogia de Jesus, pelo autor
José Herculano Pires é assim apresentada e eu gostaria de compartilhar com você:

“O pensamento pedagógico, orientador dos processos educacionais superiores, resulta da reflexão sobre os problemas da educação. Jesus não era um educador no sentido comum da palavra. Não possuía, como homem, nenhum experiência educativa. Sua profissão era a do pai, segundo a tradição familiar: carpinteiro. Deixando de lado os problemas referentes à sua origem e natureza divinas e encarando humanamente os fatos poderíamos falar numa Pedagogia de Jesus? O que revela a existência de um pensamento pedagógico na orientação educacional dada por um mestre não são os seus títulos, são as coordenadas e a estrutura do seu ensino. Toda pedagogia se funda numa filosofia. No caso de Jesus a filosofia básica é a dos Evangelhos. Essa filosofia, que é a própria essência do Cristianismo, fornece a Jesus as diretrizes e dela resulta o reconhecimento, já largamente efetuado no plano pedagógico, de uma verdadeira Pedagogia de Jesus. Francisco Arroyo, em sua monumental "História Geral da Pedagogia", sustenta o seguinte: "Com o Cristianismo aparece um novo tipo histórico de educação. –– Jesus é o modelo perfeito do mestre cristão. Clemente de Alexandria chama-o de Pedagogo da Humanidade". Os fundamentos pedagógicos do ensino de Jesus estão na sua concepção do mundo, abrangendo o homem e a vida. Essa cosmovisão se opõe à concepção pagã e à concepção judaica. Jesus, assim, não é apenas um reformador religioso, mas um filósofo na plena acepção da palavra. Ele modifica a visão antiga do mundo e essa modificação atinge a todas as filosofias do tempo, não obstante os pontos de concordância existentes com várias delas. A comparação entre a idéia de Deus do Velho Testamento e a idéia de Deus do Novo Testamento mostra-nos a diferença entre o mundo judeu e o mundo cristão O Deus de Jesus é o pai de todas as criaturas, sem distinção de raças ou posições sociais. Essa paternidade universal determina a fraternidade universal. O Deus-Pai do Evangelho não é vingativo nem irado, não comanda exércitos para destruir povos e nações, mas ama a todos os seus filhos, quer a salvação de todos e a todos concede o seu perdão generoso. Como diria Paulo mais tarde, o tempo da lei e da força fora substituído pelo tempo da graça e do amor. O objetivo da vida humana não é mais a conquista do céu pelo violência, mas a implantação do Reino de Deus na Terra. As riquezas e o poder não são coisas desejáveis e invejáveis, mas fascinações perigosas que podem levar a criatura humana à perdição. As crianças não são desprezíveis, mas as preferidas de Deus, e para nos tornarmos dignos d'Ele temos de nos fazer crianças. Matar os pequeninos, os inocentes, os indefesos não é prova de valentia e de coragem, mas crime aos olhos de Deus.

A pedagogia da esperança

Desses princípios fundamentais resultava logicamente a Pedagogia da Esperança. A educação não era mais o ajustamento do ser aos moldes ditados pelos rabinos do Templo, a imposição de fora para dentro da moral farisaica, mas o despertar das criaturas para Deus através dos estímulos da palavra e do exemplo. A salvação pela graça não era um privilégio de alguns, mas o direito de todos. Jesus ensinava e exemplificava e seus discípulos faziam o mesmo. Chamava as crianças a si para abençoá-las e despertar-lhes, com palavras de amor, os sentimentos mais puros. Nem os apóstolos entenderam aquela atitude estranha: um rabi cheio da sabedoria da Torá perder tempo com as crianças ao invés de ensinar coisas graves aos homens. Mas Jesus lhes disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus". Sua condição de mestre é afirmada por ele mesmo: "Vós me chamais mestre e senhor, e dizeis bem, porque eu o sou". Sim, ele é o mestre do Mundo, o senhor dos homens, de todos os homens, sem qualquer distinção. Cada criatura humana é para ele um educando, um aluno, como escreveu o Dr. Sérgio Valle: "matriculado na Escola da Terra". Assim, a Terra não é mais o paraíso dos privilegiados e o inferno dos condenados. É a grande escola em que todos aprendemos, em que todos nos educamos. A Pedagogia da Esperança oferece a todos a oportunidade de salvação, porque a salvação está na educação. Vejamos este expressivo trecho de Francisco Arroyo em sua "História Geral da Pedagogia": "Jesus possui todas as qualidades do educador perfeito. Os recursos pedagógicos de que se serve conduzem o educando, com feliz e profunda alegria, à verdade essencial dos seus ensinos. Por isso pode sacudir e despertar a consciência adormecida do seu próprio povo, asfixiado sob o peso excessivo da lei mosaica e da política imperialista da época". "Os ensinos de Jesus são sempre adaptados aos ouvintes. Ele pronuncia as suas palavras de forma compreensível para todos, sempre nas ocasiões mais oportunas. Recorre freqüentemente às imagens e parábolas, dando maior plasticidade às suas idéias". "A Pedagogia do mestre é também gradual. Não cai jamais em precipitações que possam fazer malograr o aprendizado. Semeia e espera que as sementes germinem e frutifiquem: Tenho ainda muito a vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora". "Como todo educador genial, Jesus emprega em alto grau a arte de interrogar, de expor, de excitar o interesse dos discípulos. Seus colóquios decorrem sempre num ambiente de incomparável simpatia. É digno, severo, paciente, segundo as circunstâncias e os interlocutores". Os seus ensinos são claros e intuitivos. Cria figuras literárias e busca exemplos da vida cotidiana para esclarecer o seu pensamento. Aperfeiçoou a forma da parábola e revestiu-a de incomparável esplendor" (Riboulet). "Seus ensinos têm um toque de autoridade (Eu sou o caminho , a verdade e a vida, todo o poder me foi concedido). Mas exerce com suavidade a sua autoridade. Responde com bondade aos contraditores de boa fé e com energia aos que querem combatê-lo".

Assim, meu querido amigo professor, vejo que estamos no caminho do MESTRE maior. Estamos, certamente, nos trabalhando para isso. Para despertar em nós esse grande EDUCADOR!! Que neste momento, nos reconheçamos no Mestre e lembremos sempre de que ele é nosso modelo e guia, assim, como o somos aos nossos alunos, filhos...Um Abraço forte!

Mônica