quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O amigo de Juliana

Adoro a Eva Furnari. Gosto muito da forma dela escrever sempre propondo uma reflexão sobre as diferenças que são comuns a todos nós, muitas vezes rejeitadas socialmente, inclusive no contexto escolar. Este conto é muito bom, além de ser divertido, inteligente e que pode ser usado em sala de aula para diversos fins... 


A Juliana tinha um amigo chamado Fungo. Ele morava na casa de bonecas e conseguia até ajeitar-se bem nas pequenas cadeiras e na caminha azul, apesar de ser mais gordo que elas. 
Fungo era talentoso. Escrevia poemas, histórias e desejava ser um grande escritor, porém sentia falta de um mestre. Juliana, definitivamente, não podia ser esse mestre, pois aprendera a escrever havia pouco tempo. 


Além do mais, ultimamente a amizade deles andava estremecida, porque Juliana dava mais atenção às bonecas que a ele. Fungo não entendia qual era a graça que ela via naquelas bonecas mudas, sem cultura e sem sentimentos. Fungo suspeitava que fossem mesmo burras, principalmente aquele boneco Tob, que parecia uma montanha de músculos inúteis, pois nem se trocar sozinho ele sabia. Era uma dependência total, um vexame, e Juliana é que precisava trocá-lo toda vez. 

Numa certa madrugada, em que Fungo estava sem sono, viu jogado no chão o caderno de Juliana com uma redação assim:


Fungo leu e achou pobre, mal escrito, com cinco erros de português, além da falta de estilo. Num ato de ousadia arrancou a página e reescreveu a redação do jeito que ele achava que ficava melhor:


Fungo foi dormir orgulhosíssimo de sua redação, feliz com a chance de receber comentários da professora de Português de Juliana, essa, sim, uma verdadeira mestra. 

No dia seguinte, a amiga voltou furiosa da escola e proibiu Fungo de escrever uma linha que fosse em seus cadernos, pois os colegas da classe tinham achado que ela estava maluca por escrever tais bobagens. 

Chateado, Fungo recolheu-se à sua casinha e esperou anoitecer. 
Quando Juliana finalmente adormeceu, ele foi silenciosamente até a mochila, apanhou o caderno da menina e leu o comentário da professora: 

Redação muito criativa, cheia de imaginação e bem escrita, precisa apenas caprichar mais na letra. Nota dez. 

Fungo adorou, achou o máximo e pensou até em entrar para a escola. Claro, só quando a Juliana se acalmasse. Talvez pudesse ficar na classe dentro da mochila, já que os adultos com certeza não iriam entender um monstro culto como ele querendo assistir aula. 

Conto de Eva Furnari

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vamos navegar pela internet?

Sugestões de sites/ blogs para apoio ao professor 

de 1º ano

É só clicar!! Cada um mais interessante que o outro... Sabe de mais alguns? Espero q vc poste 
outros para contribuir com a gente!!

Quadrinhos

O LAÇO E O ABRAÇO

Trabalhamos com o texto abaixo numa dinâmica muito legal nos dias de planejamento. 
Deixamos fitas num potinho na entrada da sala e cada professora ao entrar deveria escolher uma e amarrá-la ao seu pulso. 
Na impossibilidade de conseguir, várias delas pediam auxílio umas às outras. 
Esse era o objetivo, levá-las a refletir sobre as dificuldades que enfrentamos sozinhas quando podíamos pedir ajuda para nossos colegas, amigos, filhos, enfim...
Sugestão: esse texto pode ser trabalhado também com os pais na primeira reunião.

O LAÇO E O ABRAÇO



Você já reparou como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas?
É assim que é o abraço:
coração com coração,
tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço:
um laço no presente,
no cabelo, no vestido,
em qualquer lugar que se precise enfeitar
E quando a gente puxa uma ponta,
o que é que acontece?
Vai escorregando devagarinho,
desmancha, desfaz se o laço.
Solta o presente,
o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita, que curioso,

não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento?
Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz
- romperam-se os laços.
- E saem as duas partes,
igual os pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.

Que este ano estejamos unidos em um mesmo laço, atados e direcionados a um só objetivo:
Nosso trabalho com as crianças!!
                                      Conto com você!          
         Desejo-lhe um laço bem dado e um abraço apertado.

Sinceramente.